Observatório Alviverde

31/07/2013

O MELHOR TREINADOR DO PALMEIRAS CONTINUA SENDO VALDÍVIA!


 

Fique claro, bem claro, muito claro, claríssimo...Sou um agnóstico em relação à capacidade de Kleina como técnico ideal para o Palmeiras, respeitando TODAS as disposições contrárias. 

Mas, confesso, não tenho, ainda, um juizo de valor definitivo e são muitas as minhas dúvidas em relação ao seu real potencial. 

Aliás, disponho de poucos parâmetros para avaliá-lo e a única conclusão a que cheguei é a de que inferior a Felipão ele não é!

Por isso e para não vir a pecar ou errar por impulsos, precipitações ou pelas exigências de meu incorrigível coração palestrino, concedo-lhe o tempo necessário e possível de provar sua capacidade, antes de mensurar, em definitivo, o seu trabalho no verdão. 

Entre três e quatro jogos, creio que seja o tempo suficiente e definitivo para a avaliação de GK.

Ampliei o tempo pois apenas agora Kleina tem em mãos a unanimidade de seu elenco e não poderá alegar mais nenhuma desculpa ou subterfúgio se os bons resultados não vierem a ocorrer.

Agora que já pode dispor, usar e abusar do elenco completo, sobretudo dos estrangeiros, Kleina tem de tratar de se aviar depressa e montar um time que, tecnicamente, possa ganhar os jogos, mas isto por si só não basta.

Quem desconhece que é preciso que o Palmeiras se situe além e acima dos resultados triviais. É a obrigação mínima de um time cujo orçamento é geometricamente maior do que qualquer outro que disputa a série B.

Quem raciocinar sobre o tema haverá de convir comigo:

Para ganhar de 1 x 0, de forma apertada, cumprindo exibições medíocres, proibidas a palmeirenses cardíacos, nem pensar. Por coincidência sou um deles e almejo longevidade!

É óbvio que, do ponto de vista prático, a vitória é necessária, embora se saiba que a frieza dos números apertados, jamais satisfará os anseios da torcida palmeirense conhecida por ser, entre todas, a mais exigente do futebol brasileiro.

Claro, óbvio e natural, ninguém desconhece isso, que é preciso vencer sempre, pois só a matemática, isto é, os números obtidos pelo time em campo, garante a promoção do alviverde à elite.

Mas, se é correta a teoria da praticidade dos resultados, não é menos verdade, também, que vencer sem convencer, sem exibir aquele algo mais que se espera de um clube de primeira grandeza e da linhagem da SE Palmeiras, sempre estará fora das cogitações de nossa torcida.

Eu não tenho gostado do que tenho visto em relação ao Palmeiras de Kleina. A minha expectativa, a maior delas, do aproveitamento de jovens de nossa base se desvanece ao ver que Kleina finge querer os jovens, mas, na prática os dispensa e contrata massivamente jogadores prontos.

Essa postura política é nefasta aos interesses palmeirenses e as perdas de Chico, de Patrick Vieira e de João Pedro, (este foi para o Cu-rintia) para citar apenas três, mostram que o Palmeiras jamais vai se curar desse câncer crônico existencial de não promover a sua base.

Com a permissão de todos peço licença para voltar no tempo e estabelecer uma comparação que vai mostrar com clareza e lucidez que o time atual, apesar da liderança, não está bem. 

O atual grupo de Kleina, caro, cuja folha de pagamentos alcança a estratosfera, numerosíssimo, repleto de pseudos cobrões, eternamente em fase de montagem, por acaso é melhor do que aquele de Picerni, barato, basicamente de jovens das categorias de inferior idade que nos fez retornar à elite?

Você acredita que o time atual de Kleina vai motivar, incentivar mobilizar e galvanizar (sem trocadilho) a torcida,  como aquele de Picerni?

O Palmeiras de Kleina só joga bem quando respaldado, inspirado e insuflado pela classe insuperável do melhor camisa dez do atual futebol brasileiro, agregadas todas as séries, de A a D, Jorge Valdívia.

Ontem, contra o Icasa de Juazeiro do Norte, time de minha simpatia no futebol alencarino, o Palmeiras demostou iniciativa, bravura, velocidade, mas nada além ou mais que isso. Técnica apurada que é bom, pouca, muito pouca mesmo, até a entrada de Valdívia.

O Palmeiras jogava como time pequeno, sem impor, como seria natural, a sua força, a sua pujança, a sua tradição, a sua majestade, a sua aura, enfim, a sua autoridade de time de primeiro escalão, partícipe incontestável do pelotão de elite do futebol brasileiro.

Tanto é verdade que o Palmeiras, como não pode ocorrer nunca, começou "trocando figurinhas", isto é, jogando de igual para igual com o Icasa, sem se impor nunca, um time (sem ofensa) de salário mínimo, (conheço bem o Icasa) e viu-se ameaçado seriamente.

Além de um pênalti desperdiçado pelos cearenses aos 21 minutos do primeiro tempo, quando o placar ainda estava em branco, Prass empreendeu inúmeras defesas difíceis e teve o gol ameaçado várias vezes.

Pode-se dizer que Prass garantiu o resultado ao defender aquele suposto pênalti não cometido por Henrique que procurou até evitar o contato com o atacante do Icasa, daqueles que os árbitros, quando se trata de times grandes, só marcam mesmo contra o Palmeiras.

O Palmeiras só jogou bola e foi objetivo e diferente, a partir da dupla alteração de  Kleina, em meados do segundo tempo, retirando Vinícius e Mendieta, fazendo entrar Valdívia e Alan Kardec.

A nova dupla acabou com o jogo elevando o magríssimo 1 x 0 fruto de um pênalti batido por Leandro, para uma goleada de 4, através de Kardec que marcou 2 e Wesley.

Isso mostrou e evidenciou novamente, de forma muito clara, que o melhor técnico de que o Palmeiras dispõe ainda é Valdívia.

Ele fez de Luxa campeão paulista, de Scolari o campeão da Copa do Brasil e está fazendo de Kleina, campeão da série B. Sem ele somos um time comum, com um técnico comum.

Como a minha análise a respeito do jogo é, apenas, superficial, quero destacar:

A presença de 15 mil pessoas ao Pacaembu em noite que começava com os termômetros marcando 10 gráus logo às 18 horas.

A boa atuação de Luís Felipe, 

A ótima atuação de Mendieta principalmente na leitura do jogo e na visão dos espaços...

A excelente partida de Prass que, além de quatro ou cinco grandes defesas, segurou um pênalti quando estava zero a zero e evitou que o jogo mudasse de rumo...

O faro de artilheiro de Alan Kardec, cada dia mais adaptado...

A atuação positiva de todo o elenco com muita luta e entrega!

MAS...

NINGUÉM JOGOU MAIS DO QUE ELE

WESLEY


 
O DONO DA BOLA, O MELHOR EM CAMPO!

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PERSONAGEM DO JOGO



  
COM VALDÍVIA EM CAMPO QUALQUER TÉCNICO PERMANECE NO BANCO! (AD)

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A GLOBO ESCONDEU AQUI O JOGO DO PALMEIRAS!

ATÉ QUANDO VAI CONTINUAR ACONTECENDO?

ATÉ QUANDO PAULO NOBRE VAI COMPACTUAR COM ESSE DESRESPEITO?

ELES QUEREM QUE A TORCIDA COMPRE O PACOTE?

POR QUE NÃO FIZERAM ISSO COM O CU-RINTIANS NO TEMPO EM QUE CAIU?

TORCEDOR PALMEIRAS QUE SE PREZE  NÃO VAI SE ASSOCIAR.

A GLOBO QUE PEÇA AJUDA E RECORRA AOS SEUS PARCEIROS DA TORCIDA CU-RINTIANA!

 
Nem pensar!

Transmissão PFC 

Narrador Jota Júnior - ótimo

Repórteres  - ótimos

Comentarista (?) 
Beletti

Beletti começa com B de brincadeira ou B de blefe. É por aí...

Beletti, além de não ser do ramo, tem péssima voz, fala português para curintiano, não tem clareza de análise e se repete o tempo todo.

Ele, que não precisa do emprego, deveria ligar o "desconfiometro" e pedir para sair!

Quem foi o "puto da globo" que o pariu? Tenho certeza de que foi algum jornalista!

Pusilânime (comportamento habitual dos "analistas" globais) deixou nas entrelinhas mas não teve coragem de dizer no ar que Valdívia é craque.

Quando é que os jornalistas pelegos e traíras que comandam o esporte global vão criar vergonha na cara e afastar os ex-jogadores e celebridades dos comentários. devolvendo o posto aos seus legítimos detentores, os jornalistas! (AD)

30/07/2013

O PALMEIRAS, EM CASA, VAI COM VALDÍVIA CONTRA O ICASA

 

Ao ser perguntado sobre o seu aproveitamento hoje, às 21,50 no Pacaembu, contra o Icasa, Valdívia foi contundentemente objetivo e, laconicamente, respondeu: “- Vou para o jogo”.

Será a quina partida consecutiva do Mago com a camisa alviverde após seu retorno da longa contusão que o tirou do time por vários meses.

Mas todo o esforço do chileno e a sua obstinação por jogar, creiam, não se resumem à Sociedade Esportiva Palmeiras.

É óbvio que há, nessa disposição fanática de Valdívia por se cuidar, por se tratar, por entrar em campo e jogar, um componente especialíssimo: vestir novamente a camisa da seleção chilena.e jogar a próxima Copa do Mundo no Brasil.

Quando o técnico chileno Jorge Sampaoli esteve no Brasil para observá-lo, aferi-lo técnica e fisicamente, deixou claro que não havia qualquer empecilho para convoca-lo, ainda que o Palmeiras estivesse disputando, apenas, a série B.

Desde então Valdívia transformou sua vida e, muito melhor, ele próprio transformou-se, sob todos os aspectos e pontos de vista, passando a dedicar-se com afinco aos tratamentos e treinamentos.

O Mago parece ciente e consciente de que, já quase aos 29 anos, esta, provavelmente, poderá ser a sua última chance de vestir a camiseta da seleção de seu país em uma Copa do Mundo..

Por isto, para Valdívia, o rmomento que vive agora, reveste-se de uma importância transcendental em sua carreira.

Pode-se, sem o temor de erros ou enganos, caracterizar-se a atual fase do chileno como “divisora de águas” ou, muito melhor, como “divisora de vidas” em face do futuro.

Eu não sou ingênuo a ponto de acreditar na permanência de Valdívia no Palmeiras, ainda que estejamos vivendo a aurora precursora dos novos tempos e das extraordinárias perspectivas que a nova arena, certamente, proporcionará ao clube.

Nem creio que o ano festivo decorrente do centenário alviverde terá  o condão de sensibilizar a diretoria palmeirense e, principalmente, o investidor, Sr. Osório Forlan que, não sem justa razão, quer obter lucros em seu negócio.

À primeira boa proposta Valdívia, por certo, irá bater asas, arribar, mudar de ares independentemente de sua condição de craque de alto nível ou de vir a ser o melhor jogador da série B.

Quem não sabe que nada vai falar mais alto do que os relevantes cifrõe$$$$$, a razão de ser do mundo negocial.

Mas, até que tudo isso venha a ocorrer, é interessante que o nosso mais categorizado jogador possa estar motivado para ajudar a conduzir o time e levar-nos de volta ao nosso verdadeiro lugar, aquele do qual jamais deveríamos ter saído, ao lado dos times que compõem a elite do futebol brasileiro.

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PALMEIRAS X  ICASA

O Palmeiras necessita dos três pontos esta noite no Pacaembu, para, ao menos, continuar vencendo os jogos em casa. Isto é muito importante!

Se o Palmeiras vencer todas em seus próprios domínios,e beliscar alguns pontos fora, o Verdão já terá grandes chances de chegar entre os quatro primeiros e voltar à elite.

O que não é desejável e tem de ser evitado a todo custo são as derrotas em casa, que minam o psicológico da equipe e a colocam na perigosa condição de obrigatoriedade de vitória fora de casa.

Como não acredito em Kleina (nunca acreditei) como treinador de ponta, capaz de alçar grandes voos e abiscoitar grandes títulos, ficarei feliz até com o quarto lugar, partindo do princípio de que serão quatro os campeões da série B.

Muitos argumentarão que chegar em quarto é vergonhoso, que o Palmeiras tem a obrigação de ser campeão, como foram todos os grandes que se meteram nessa enrascada chamada série B, exceto o Botafogo que foi vice do Palmeiras em 2002.

Infelizmente, a irregularidade tem sido uma tônica nesse Palmeiras sob Kleina e, pelo que vejo, continuará assim.

Um treinador que impede a ida do fraquíssimo Juninho para o Vasco e insiste em proporcionar-lhe a titularidade imerecida e eterna…

Que aprova a contratação do lento e limitado André Luiz, inferior a muitos garotos da base…

Que cede aos caprichos de dirigentes que insistem em buscar jogadores no exterior, em detrimento do maior mercado e da maior bolsa de atletas do planeta,,,

Que prefere, como ocorreu em Mirassol, que o time seja goleado do que “queimar um jovem zagueiro” que, no frigir dos ovos nem no elenco vai ficar…

No mínimo, fico com um pé atrás…

Dito tudo isso, por favor, não me chamem de incoerente por não acreditar em Kleina e, concomitantemente, defender a sua manutenção. São questões de observação e foro pessoal. Esclareço:

Na verdade, não estou defendendo, cornetando ou queimando Kleina, mas à procura da verdade acerca de seu potencial profissional, indefinido e indefinível a esta altura dos fatos e dos campeonatos,

Não o condeno, mas não o consagro, em face de tudo o que realizou e deixou de realizar em quase um ano de contrato.

Pelo que fez até agora, não o chamo de gênio ou de medíocre, mas, apenas, de um mediano inexperiente mas com bom potencial em razão de sua juventude.

Algumas palavras definem Kleina até agora e a primeira é a irregularidade, a marca registrada do time do Palmeiras até agora,

Entre erros e acertos, as vezes sim, as vezes não, Gilson não me parece com o elenco nas mãos e a segunda palavra que o caracteriza é indecisão.

Ademais, vive elogiando os atletas, muitos dos quais, em seguida, são sumariamete dispensados. A isso chamamos maquiavelismo, para o bem e para o mal.

Quanto ao ítem competência, pelo que mostrou até agora no Palmeiras, GK é amorfo, isto é, não tem forma, como, também, não tem consistência e nem regularidade, indo, o seu time, do zero ao cem e do cem ao zero de um jogo para o outro. A isso chama-se inconstância!

Com tudo e apesar de tudo, sou partidário da tese segundo a qual se deve proporcionar, sem atropelos, cobranças desmesuradas ou réptos, todas as oportunidades necessárias para que esse jovem treinador mostre, na prática, que, muito mais do que um profissional promissor, tem capacidade suficiente para dirigir um clube do calibre e da responsabilidade da S.E. Palmeiras…

Eu pedi quatro jogos para Kleina. Ele cumpriu três, sendo dois em casa e um fora de casa, tendo vencido dois, com folga contra o ABC e apertadamente contra o Figueira, mas com bom rendimento da equipe.

Empatou o último em Guaratinguetá realizando uma partida de altos e baixos, irregularíssima, todavia em circunstâncias muito adversas de campo de jogo impraticável, falhas clamorosas de arbitragem e perdas de gol incríveis pelos atacantes do verdão,

Hoje teremos o quarto jogo, dentro de casa, no Pacaembu. É um jogo perigoso contra um time experiente, que disputa há vários anos a série B.

Com esse jogo completar-se-a o número de partidas que eu calculava suficiente para mensurar o trabalho de Kleina, mas vejo-me na contingência de ampliar o prazo.

Pelas circunstâncias dos três últimos jogos, sobretudo o último em Guara, considerando-se, também, as dezenas de dispenas ocorridas no alviverde, as novas contratações (algumas das quais ainda sequer estreaream) e outros fatores, alonguemos o crédito a Kleina por mais duas ou três partidas.

É difícil, mas, quem sabe, dará certo!

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Fernando Prass; Luis Felipe, Vilson, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Charles, Wesley e Valdivia; Leandro e Vinicius

SERIA ESSE O TIME IDEAL PARA O RETORNO À SÉRIE A?

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28/07/2013

ATÉ NA SEGUNDA DIVISÃO OS ÁRBITROS PREJUDICAM O PALMEIRAS!



Meus amigos

Prefiro, desta vez, que vocês comentem o jogo.

De minha parte, quero advertir a todos para que reflitam bastante antes de criticar a equipe e pensem no que vou dizer.,

Não existe time 100% em competições longas, por pontos corridos, ou, coloquemos melhor, aproveitamento dessa ordem.

O Palmeiras de Kleina não seria, não é e, jamais, será diferente.

Pensem que nem o Palmeiras de Luxa, aquele dos 106 gols, o melhor time formado no Brasil ao final do século passado, conseguiu tal proeza.

Naquele Paulistão que venceu passeando em campo e humilhando os adversários, perdeu a invencibilidade para o fraquíssimo Guarani de Campinas.

Por isso, não compactuo com o pessimismo que tomou conta de grande parte da torcida palmeirense, a partir do empate de ontem em Guaratinguetá. 

Explico!

É óbvio que o Palmeiras foi melhor, jogou melhor, mostrou mais bola, teve mais posse de bola e tudo mais. 

Só não ganhou do Guaratinguetá porque Alan Kardec desperdiçou duas chances de ouro e, outra vez,  o Palmeiras foi operado, sem anestesia pela arbitragem paulista comandada pelo Coronel Marinho.

Será que até na segunda divisão o Palmeiras continuará sendo roubado? Até quando?

O pênalti não anotado sobre Valdívia foi um escândalo, conforme comprova a foto abaixo. 

O soprador de apitos Vinicius Furlan, além de não marcar a penalidade, encontrou um jeito de punir Valdívia com o cartão amarelo e o Palmeiras com a perspectiva de afastamento de seu melhor e mais eficiente jogador, o craque do time.

Furlan apita pela Federação Paulista e o fato, para mim, não pode mais ser caracterizado por mera coincidência, tantos são os prejuízos impostos, principalmente pela arbitragem paulista, ao Verdão.

Os árbitros paulistas se acostumaram a ignorar as faltas sobre Valdívia, até as mais visíveis e a prejudicar o Palmeiras! 

Permitam-me ir um pouco além e dizer que, embora o fenômeno seja de amplitude e domínio nacionais, os árbitros paulistas, com "rarissíssimas" exceções estão viciados em apitar contra o Palmeiras.

A diretoria deveria contestar a escalação de árbitros paulistas para os jogos de âmbito estadual, vetando-os, se necessário for. 

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QUANTO AOS PREJUÍZOS DO PALMEIRAS, ESTE OAV PROVA, COMPROVA E RATIFICA O QUE DIZ: 

Pós Jogo Guaratinguetá 1×1 Palmeiras: empate e segue o jogo

UMA IMAGEM CLARA VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS!

SE NÃO VEEM E NÃO MARCAM UM PÊNALTI DESTES, QUAL PÊNALTI IRÃO MARCAR?

FALTA VERGONHA NA CARA A MUITOS ÁRBITROS DO FUTEBOL DE SÃO PAULO!

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Ainda é cedo para críticas fortes ou campanhas pela saída de Kleina.

Quem faz isto, a esta altura, está, ainda que sem querer ou perceber, prejudicando o Palmeiras.

Temos de dar mais tempo ao jovem treinador.

O que, então, vocês me perguntam, podemos e devemos cobrar dele? 

Mudanças inconsequentes a cada jogo como fazia o seu irriquieto e inseguro antecessor?

Ou a definição de um time base, como reza a boa cartilha do futebol ?

Ora, certamente uma coisa ou outra, pois se cobrarmos a definição de uma base, como podemos exigir substituições e mudanças estruturais e pessoais a toda hora?

Temos de ter coerência nas cobranças!

O mesmo racionalismo que cobramos do treinador, temos de exercer também, no momento de nossas cobranças.

Pensemos, então, um pouco!

O time que  vem jogando é o melhor tecnicamente ?

Não!

E, no entanto, vinha vencendo e jogando de forma convincente, embora, é mister que se realce, esteja bem distante do ideal e o time ideal não se consegue formar da noite para o dia.

É óbvio que o empate de ontem no Vale do Paraíba não foi um grande resultado, mas não me venham com essa piada de que é uma tragédia.

Meus amigos, em quaisquer circunstâncias jogar em Guaratinguetá é, sempre, muito difícil, até para times mais antigos, já consolidados e mais bem entrosados. 

Lembrem-se, todos, de que o Palmeiras é ainda um time que planeja seu voo com o avião em pleno ar, o que, em outra palavra, significa improvisando.

Vamos ter paciência e proporcionar a Kleina ao menos um pouco mais de tempo, proporcionando-lhe clima, tranquilidade e condições favoráveis   para armar a equipe.

Um empate, sobretudo nas circunstâncias de ontem, em que o time atuou sobre um péssimo gramado, em que criou bastante e desperdiçou várias chances de marcar e em que o árbitro interferiu diretamente no resultado, tem de ser avaliado como um resultado normal, que não merece tantos reparos ou críticas.

As maiores críticas que faço a Kleina são pontuais e a maior parte delas diz respeito as suas escolhas, nem sempre as melhores.

Há uma demora exagerada em lançar os novos contratados, os que voltam de contusão e na escolha dos melhores em cada posição.

Em vez de tentar encontrar rapidamente o melhor time e ajustá-lo nos treinos, quer fazê-lo dentro de campo, jogando o campeonato.

Kleina, que pratica a corretíssima política de manter, na medida do possível, os mesmos jogadores no time principal, a fim de entrosar o grupo e formar um time base, deveria aproveitar-se da circunstância do empate contra o Guaratinguetá e promover as alterações necessárias para montar o time titular competitivo e definitivo. 

A partir daí, com Vilson no miolo de zaga em dupla com Henrique, com qualquer um no lugar de Juninho, com Ananias e Kardec na melhor definição para o ataque, começar a trabalhar o verdadeiro time base que não terá a conveniente força ofensiva, mantidos Vinicius e Leandro.

Respaldado pelos melhores em cada posição, que, a partir de então, Kleina procure mexer o menos possível no time que começa os jogos, a fim de proporcionar confiança plena aos titulares escolhidos e definidos, só alterando o time em caso de necessidade ou visando a mudar as expectativas e o resultado de um jogo menos favorável.

As vitórias sequentes sobre o ABC e o Figueira, destacaram deficiências e vulnerabilidades na equipe, mas isso não é motivo suficiente para que se diga que está tudo perdido e que o trabalho de Kleina é fraco.

Fique claro que, em meu entendimento, Kleina está anos luz longe de ser o técnico com o qual sonham os palmeirenses. 

Certamente que ele não será o técnico palmeirense no ano de nosso centenário e, em meu entendimento, apenas, guarda o lugar para Luxa.

Fique claro, também, que,  por mais fraco e inexperiente que seja, Kleina realiza trabalho muito superior ao de Felipão.

Em razão disso, merece o nosso respeito!

Principalmente, o nosso apoio!


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Taquaritinga, 28/07/2013

27/07/2013

VALDIVIA ANTECIPOU MINHA POSTAGEM!


Amigos do OAV

Estou há dois meses fora de casa, bem longe de Belo Horizonte.

Em razão disso este OAV está igual ao Palmeiras do tempo de Felipão, irregularíssimo.  

Compromissos pessoais importantes e inadiáveis roubam-me o tempo de postar. 

Espero que todos os frequentadores deste espaço possam compreender as minhas razões.

Mas hoje é dia de jogo e obrigo-me a postar e abrir o espaço para os comentários inteligentes daqueles que fazem deste blog uma referência, quando o assunto é Palmeiras.



Primeiro quero dizer que Valdívia "roubou" minha postagem.

Eu ia dizer, já estou dizendo, que com o Palmeiras na segunda divisão, o grupo calhorda da mídia agora elogia o chileno.

O que muitos analistas deveriam fazer antes e não fizeram por estupidez, clubismo,  teimosia ou desonestidade, fazem-no agora porque sabem que o Brasileiro da Série B tem pouca repercussão.

O próprio Valdívia ressaltou isso em entrevista há alguns dias, evidenciando que, além do craque de bola que a imprensa (quase a unanimidade) finge que não vê, é, também, um craque na arte de viver.

O mago, sem ódio e sem medo, afirmou que se estivesse jogando a primeira divisão, estaria sendo alvo de críticas, como sempre aconteceu, fosse por sua presença ou por sua ausência no time do Palmeiras..

Se jogasse, a turma da mídia entre o alto, o médio, o baixo clero e até os sacristãos e coroinhas, principalmente os que atuam na Globo, a grande prostituta, não reconheceriam-lhe os acertos e o acusariam, criminosamente de cai-cai.

Se não jogasse, o chamariam de "chinelinho".

Como não podem e não têm condições morais de censurar Valdívia por questões técnicas, notem que só o analisam pelo viés disciplinar.

Além disso, vivem arrumando transferências para o Mago a cada semana, como se torcessem para que ele "desse o fora"do Palmeiras.

Para os focas e ex atletas que pululam nas redações e nos estúdios, é vedado ao Palmeiras possuir jogadores acima da linha técnica de normalidade, mas se aparecer algum eles negam que o seja.

Essa gente, jornalistas cu-rintianus, bambis, santistas e falsos palmeirenses que  anarquizam o clube com suas críticas para manter seus postos de emprego, cada vez mais ocupados e poluídos por ex-atletas e celebridades, não vai descansar enquanto não colocar Valdívia fora do Palmeiras.

Eles sabem que no atual futebol brasileiro existem poucos jogadores da capacidade técnica de Valdívia,  haja vista que Neymar foi para a Espanha.e Paulinho para a Inglaterra.

Alex do Coritiba, Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto do Grêmio, Seedorf do Bota e Juninho do Vasco, mais um ou outro nome que não me ocorre neste instante, seriam os únicos jogadores da estatura do craque palmeirense, que a conveniência de alguns cronistas, o clubismo de tantos e a desonestidade de outros insistem em não reconhecer.

Detalhe importante: Valdívia está no auge de seu futebol, ao passo que todos os outros, estão em idade provecta, já na fase de declínio.

Não vou continuar falando no assunto porque, por essa e por outras coisas do mesmo jaez, é de domínio público, a cada dia que passa, a classe jornalístico-esportiva vai se desmoralizando, tornando-se desacreditada diante da opinião pública, por suas desmedidas passionalidade, clubismo e conduta eivada de conveniênicia, cada dia com menos exceções.

Os falsos elogios a Valdívia neste momento, o próprio Mago detectou e registrou em entrevista, são convenientes e só estão ocorrendo em face de o Palmeiras estar jogando a segunda divisão.

Quando Valdívia e o Palmeiras retornarem à primeira divisão, no ano do centenário e da inauguração do estádio, as críticas destrutivas voltarão, ao jogador e ao clube,  com uma virulência ainda maior. Quem não sabe disso?.

Mas esperar o que de uma classe desmoralizada, sem poder de mobilização e, muito menos, de ação? 

Uma classe que se acha a maioral e especial, diferenciada em relação às demais, mas que perde calada e com o rabo entre as pernas os seus postos de trabalho para ex-atletas, despreparados, desequilibrados, tresloucados, incongruentes, inconsequentes, a maioria analfabetos funcionais, sem contar os ex-viciados. 

Por falar em analfabetos funcionais, entre os jornalistas também existem muitos, e da pior espécie, porque, além de se arvorarem em saber mais do que os outros são, via de regra, arrogantes,  pretensiosos e  intolerantes às críticas, pois julgam-se os detentores exclusivos do direito de criticar.

Interessante é que, quem não sabe, só falam aquilo que lhes interessa ou que interessa aos órgãos midiáticos que lhes concedem  a graça de um emprego e o milagre da sobrevivência através de abobrinhas verbais.

Torço, e muito, para que um ex-jogador qualquer desses da vida comece a narrar os jogos, para que, também, os locutores percam os seus postos de emprego.

Será que só assim para que os líderes classistas e os sindicatos mobilizem a classe e coloquem um paradeiro na farra?

Não, não estou legislando em causa própria porquanto já me aposentei, estou fora do meio há 15 anos e, jamais, bati na porta de qualquer veículo de comunicação visando a pedir emprego. Ao contrário, fui procurado várias vezes, mas não me entusiasmei com a perspectiva de voltar à ativa.

Causa-me, porém, um tremendo mal estar ver os ex jogadores e as celebridades, todos hunos da comunicação, arregimentados pelos dois maiores inconsequentes da história da comunicação brasileira, Osmar Santos e Luciano do Valle tomarem, a cada dia, o lugar que deveria ser reservado àqueles que saem das faculdades e não aos milionários dos campos de futebol que trabalham por diversão e diletantismo..

Eu e muitos de minha classe e idade, em tempos idos, lutamos, em sucessivos congressos da Abrace por várias cidades do Brasil pela regulamentação da profissão, mas o egoísmo da maioria fez com que cada um só olhasse o seu lado pessoal, suprimindo os interesses classistas.

Em razão disso, até a necessidade do diploma para o exercício da profissão deixou de ser exigida e, hoje, repito, graças aos dois fanfarrões Osmar e Luciano, grandes e autoritários com os pequenos e pequenos e submissos com os grandes, o jornalismo esportivo brasileiro entrou nessa barca que conduz, celeremente, a profissão, senão para a extinção, mas para uma maior redução. 

Então eu pergunto: mas se reduzir ainda mais do já reduziu, a profissão de jornalista esportivo não vai acabar?

Já imaginaram se, depois de ter imposto à classe e ao público os comentaristas jogadores e as celebridades, a Globo resolver impor a venda dos direitos de imagem para o rádio? Não vai sobrar pedra sobre pedra!

Deu pra sentir, agora, porque os profissionais, principalmente os  globais só enaltecem o Cu-rintia, o Flamengo e mais alguns poucos clubes? É o medo de perder a profissão!

Por essas e por outras, elogios e reconhecimento ao trabalho de Valdívia e ao time do Palmeiras, só enquanto estivermos na segunda divisão!

Valdívia cantou a pedra certa em sua entrevista!

GUARATINGUETÁ X PALMEIRAS

Valdívia não quer ser poupado e quer jogar todas as partidas possíveis

O time parece motivado e mobilizado.

Você acredita que o Verdão vai manter a liderança?

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26/07/2013

HOMENAGEM PÓSTUMA A DJALMA SANTOS! O PALMEIRAS PERDEU UM DE SEUS MAIORES SÍMBOLOS!


Prezadíssimo Tredenski.

Aceito a sua sugestão e falo sobre Djalma Santos, o maior lateral direito brasileiro da história.

Não farei uma postagem completa com ampla pesquisa, mas abordarei alguns aspectos interessantes da vida desse extraordinário atleta, um gentlemen, um homem com H maiúsculo que honrou e dignificou a profissão de jogador de futebol.




Diziam que Djalma era mineiro, mas o fato é que ele nasceu em São Paulo, capital, em 1929.

A falsa idéia de que ele teria nascido em Minas decorre, certamente, de seu jeito calmo e polido de ser, bem como de sua forma branda e conciliatória de viver sem jamais se envolver em fofocas, polêmicas, ou confusões.

Focadíssimo em seu trabalho, disciplinado dentro e fora de campo, DS recebeu o Belfort Duarte, premio que a antiga CBD, depois CBF outorgava àqueles que conseguiam terminar a carreira sem a mácula de  uma expulsão.

Do ponto de vista técnico, Djalma Santos é tido por quem viveu o futebol naquela época e pela maioria da crônica, como o melhor lateral direito da história do futebol brasileiro.

Entretanto, não alcançou a unanimidade das opiniões e preferências, certamente pelo fato de jogar pelo Palmeiras, clube historicamente perseguido e odiado pela maior parte da mídia. Naquele tempo já era assim!

Apesar de tudo, jamais se discutiu a sua condição de craque!

Os detratores palmeirenses da mídia fizeram de tudo para não admitir Djalma como o maior jogador brasileiro em sua posição, mas foram obrigados a recuar porque não eram apenas São Paulo e o Brasil que admitiam, mas era o mundo que afirmava isto. 

O máximo que conseguiram foi encontrar um único lateral que poderia ser comparado ao já velho Djalma, ainda assim, superdimensionando-lhe as virtudes e, mentirosamente, atribuindo-lhe capacidade superá-lo, Carlos Alberto Torres.

De fato, Torres foi um lateral espetacular, cujo estilo, em muitos aspectos, fora copiado do próprio Djalma, principalmente no que respeitava ao apoio ofensivo, raríssimo entre os laterais da época.

Mas, se ganhava de Djalma em arranque e força física, haja vista que surgiu no cenário esportivo a partir de quando Djalma já atingira quase que 3/4 da carreira, perdia, e muito, em posicionamento, em condição técnica e, principalmente, em virtuosismo.

Vi os dois em ação, muitas vezes, muitas vezes Djalma, muito mais vezes Torres.

Embora muito produtivo, Torres sempre foi um lateral que assinava um futebol de muita força física. 

Os cronistas da época - nem todos - chamavam isso de futebol prático, sempre realçando-lhe a disposição, mas relevando ou ignorando, sempre, a sua condição de utilização da força acima da necessidade, o que, mais modernamente, chamam de força desproporcional.

Conquanto um lateral espetacular, Torres foi um dos grandes botineiros da história do futebol brasileiro, impondo-se, ao contrário de Djalma, muito mais pela força física, pela valentia e, até, muitas vezes, pela deslealdade.

Por essa razão e pelo excesso de virilidade em campo, o coloco longe da classe de um lateral singular, eminentemente clássico, como Djalma, um virtuose, um artista da bola que, anos antes, atuando em apenas um jogo na Copa de 58 na Suécia, conseguiu ser eleito o melhor jogador da posição naquela competição.

Assisti a inúmeros jogos de Djalma, o primeiro deles no início da década de 1960 em Araraquara, quando o Palmeiras, com uma atuação extraordinária de Chinesinho - melhor que Ademir da Guia - encaçapou 3 x 0 na Ferroviária.

Lembro-me, perfeitamente, dos toques mágicos de Djalma no trabalho de aquecimento que era realizado com bola, dentro de campo pelas duas equipes.

Nessas ocasiões os atletas mostravam classe e exibiam as suas habilidades, no que hoje chamam de "free style soccer",quer brincando de "altinho", quer passando a bola com estilo, matando ou tocando de primeira para alguém mais longe, ou "tenteando" a bola para colocá-la e equilibra-la sobre o pescoço.

O termo "tentear", definia, para os paulistas, a embaixadinha, vocábulo incorporado no futebolês pela crônica carioca no início dos anos 70, inicialmente como, simplesmente, embaixada.

Até hoje procuro, etimologicamente, a raiz dessa palavra e de onde teria provindo. Quem souber, por favor, cravea aqui no blog , que eu desejo aprender.

Tenho um pensamento a respeito da razão do surgimento dessa nomenclatura, que nada tem a ver com embaixadas ou embaixadores. 

Creio que a palavra embaixada, deveria ser grafada com a separação dos termos em + baixada porque a bola, quando vem de cima para baixo é chutada novamente para cima depois de estar em posição baixa.

Talvez esta gíria, cuja invenção tenha ocorrido em alguma comunidade carioca tenha entrado no futebolês pela porta dos fundos dos treinamentos das equipes de futebol profissional.

A propósito, tudo isso foi dito para evidenciar que Djalma era o rei das embaixadas quando poucos realizavam a jogada,  naquela festa preambular, roubada do torcedor brasileiro pela TV, quando da entrada das equipes em campo, que também servia como mostragem de quem iria começar o jogo, antes e depois da introdução da regra 3.

Lembro-me, como se ocorresse hoje, que em um desses trabalhos de aquecimento, abriu-se uma enorme roda de passes, que mostrou um lance inédito, até então, através do próprio Djalma:

 A bola foi chutada forte e rasteira em direção a Djalma que rebateu de bico, por baixo, de uma forma tal que a bola rolou em direção ao companheiro, mas, no meio do caminho, acabou fazendo marcha a ré, retornando aos pés de Djalma, após ter seguido por dois ou três metros, fazendo o público rir, se divertir, ir ao delírio e aplaudir em pé, antes mesmo de começar o jogo. Até a torcida adversária!

Hoje sei que fazem isso até com facilidade, principalmente no futsal, - eu mesmo consegui repetir sem a perfeição do toque de Djalma - mas o precursor da jogada foi ele, Djalma Santos,  e ninguém pode ignorar feito ou deixar de registrar, haja vista que todos aprenderam com ele.

O lance mais espetacular da história do Mineirão em todos os tempos, ocorreu quando o Palmeiras inaugurou o estádio vestindo a camisa da Seleção no longínquo ano de 1965.

Uma bola fortíssima foi cruzada em diagonal para o ponta esquerda uruguaio, aberto, pelo costado de  Djalma.

Djalma deu um passo atrás, escorou o chute fortíssimo com a cabeça a uns três metros da linha de fundo e saiu fazendo embaixadas com a cabeça até ultrapassar o meio de campo, ante o olhar estupefato dos uruguaios e a vibração extraordinária da torcida mineira que jamais vira lance semelhante em qualquer de seus estádios.

Por volta de 1966, já trabalhando como repórter esportivo, tive o imenso prazer de entrevistar Djalma que compreendo a minha condição de neófito, com pouquíssima rodagem na profissão, foi extremamente gentil comigo, concedendo-me uma sonora exclusiva.

O instante mágico teria sido perpetuado com uma foto, não houvesse o fotógrafo me avisado que a a única foto entre as reveladas, que "queimara", isto é, que não saiu, foi exatamente aquela em que posei ao lado de Djalma. Lamentavelmente!

A passagem de Djalma da Portuguesa, onde era ídolo, para o Palmeiras foi um fato interessante. 

Alguém - parece-me que Julinho Botelho, o meu maior ídolo no futebol (jogou mais, muito mais do que Garrrincha que esquentou banco para ele várias vezes) - disse a Djalma que o Palmeiras queria contratá-lo.

Djalma disse que não acreditava porque sabia que o Palmeiras não aceitava negros no elenco e não sabia como seria recebido pela torcida.

Dizem muitos que Santos foi o primeiro negro retinto a vestir nossa camisa, mas isso não é verdade, é apenas uma lenda.

Antes de Djalma e de tantos mulatos entre os quais destaco Valdemar de Brito, o descobridor de Pelé, e o inesquecível Liminha, o Palmeiras teve Paulinho contratado junto ao Flamengo, atacante com raro faro de gol, da geração rubronegra que revelou Joel, Moacir, Henrique Frade, Duca, Babá e o extraordinário Edivaldo Alves Santa Rosa, o Dida, muito melhor que Zico, ao menos em meu entendimento.

Paulinho estreou ao lado de Enio Andrade e Chinesinho e marcou dois gols sobre o Cu-rintia na goleada de 4 x 0, que marcou o final da hegemonia cu-rintiana da década de 50, de nove anos sem perder do Palmeiras

Paulinho assinalou dois gols e foi o melhor em campo no jogo da quebra do tabu, o qual acompanhei ouvindo o inesquecível Edson Leite, a melhor e mais marcante voz da crônica esportiva de seu tempo. 

Eu disse narrador, não gritador esportivo como os famosos de hoje, barulhentos, esganiçados como um gato preso a uma cerca narrando um jogo que não existe e em velocidade irreal e incompatível com o que os jogadores fazem em campo.

Com o devido perdão pela digressão, voltemos a Djalma.

Djalma Santos acabou indo para o Palmeiras através do saudoso Delphino Fachina (se não me falha a memória) tendo jogado no Verdão de  1959 a 1968, sendo o Palmeiras o clube pelo qual mais atuou, tendo vestido a gloriosa camisa verde quase 500 vezes.

No ano em que chegou já ajudou a levar o Palmeiras ao título paulista, o supercampeonato de 1959, o mais importante e mais difícil campeonato da época. O Paulistão, que ainda não tinha esse nome, era, para o público coestaduano,  maior e mais importante do que o próprio Rio/São Paulo.

No Palmeiras Djalma reeditou a dupla ala direita com Júlio Botelho, que houvera feito amplo sucesso com a camisa da Portuguesa de Desportos, em um time inesquecível do qual me lembro, de cor, do goleiro ao Ponta esquerda: Muca, Nena e Hermínio. Djalma Santos, Brandãozinho e Ceci. Julinho, Renato, Nininho, Pinga e Simão.

Esse time me fez chorar, quando garoto, no início dos anos 50s, (eu sempre chorava quando o Palmeiras perdia) ao golear o alviverde por 4 x 0 em uma partida decisiva do Rio São Paulo, a qual não me darei ao trabalho de pesquisar.

Entretanto lembro-me, perfeitamente, que Djalma, Julinho, Renato e o artilheiro Pinga, arrebentaram o Verdão. Djalma jogou cerca 430 jogos com a camisa da lusa.

Sua saída do Palmeiras ocorreu em 1972, já no ocaso da carreira, e ele foi jogar no Atlético Pr.

Procurado pelo maior presidente do Furacão em todos os tempos, Jofre Cabral e Silva - o neto de Jofre trabalhou comigo como repórter de campo e contou-me a história - Djalma aceitou a proposta do time de Curitiba, muito maior do que o que ganhava no Palmeiras.

Extraordinário caráter, Djalma fez um pré contrato verbal em meados de 71, afirmando que estaria no Atlético, sim, em 1972, assim que terminasse o seu contrato com o Verdão.

Seis meses depois mudou-se para o Paraná onde fez outra dupla espetacular, desta feita com Hediraldo Luiz Beline, o capitão da Copa de 58, que também deixava os bambis para jogar no popularíssimo  time paranaense.

Para encerrar esta singela homenagem ao grande "rato" - seu apelido no futebol, principalmente na seleção - que vestiu a camisa da Seleção Brasileira cerca de 100 vezes, algumas considerações finais.

Djalma disputou quatro copas e ele e o alemão Beckenbauer são os 2 únicos jogadores no mundo a terem sido escolhidos por 3 vezes consecutivas o melhor jogador em sua posição em Copas do Mundo, feito que nem Pelé, Maradona ou qualquer outro conseguiu.

Participou das copas de 54, 58, 62 e 66, tendo atuado em todas elas, ainda que em 58 tenha vestido apenas uma vez a camisa azul que nos levou ao primeiro título mundial.

A respeito das Copas afirmou que estava em dívida com a pátria e com o povo, porque das quatro disputadas havia vencido duas, mas houvera perdido duas, em um tempo no qual, verdadeiramente, a Seleção era, de fato, como dizia Nelson Rodrigues, "a pátria de chuteiras".

Naquela época os nossos jogadores viviam impregnados de um  patriotismo sincero e Djalma, seguramente, era um dos que mais se orgulhavam disso.

Vestiu, como convidado, a camisa bambi no jogo contra o Nacional do Uruguai em jogo festivo pela inauguração do Morumbi.

Um único cronista negou-lhe a condição de craque. Mário Moraes, o maior nome em comentários da época, fosse no rádio na tv ou no jornal.

Cobrado por onde passava em razão de uma teimosia inexplicável e por não reconhecer o que o mundo reconhecia,  Mário Moraes acabou, enfim, capitulando. Djalma fora o único brasileiro convocado para jogar pela Seleção da Fifa contra a Inglaterra em Wembley em 1963.

É bem verdade que se o amor-próprio e orgulho de Mário, imensos, maiores que o corpanzil que ele ostentava, não lhe permitissem uma retratação franca, aberta e objetiva.

Mário, celebridade convicta de um talento imensurável que se impunha de forma natural, talvez visse a retratação como contradição. 

Por isso, fez um comentário, quer me parecer que no saudoso Diário Popular, em que disse maravilhas acerca de Djalma, como homem e como atleta, em uma das páginas antológicas da imprensa esportiva brasileira que Djalma, orgulhosamente, exibia em seu currículo.

Alí o "mestre do comentário esportivo" disse tudo que jamais dissera sobre Djalma, e acabou, simbolicamente, tacitamente, implicitamente, completando a unanimidade que Djalma sempre mereceu, como um dos mais técnicos, habilidosos, disciplinados e competentes jogadores da história do futebol brasileiro em todos os tempos. 

Que suba o seu espírito, cracasso Djalma Santos, aos mais felizes e importantes páramos esportivos celestes e que você encontre por lá os seus maiores parceiros, principalmente Julinho o inesquecível "flecha ligeira", titular absoluto do Palmeiras de todos os tempos.

Que aqui na terra, que a terra de Uberaba lhe seja leve, exemplar cidadão Dejalma dos Santos.

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Ribeirão Preto, 25/07/13

HOMENAGEM PÓSTUMA A DJALMA SANTOS! O PALMEIRAS PERDEU UM DE SEUS MAIORES SÍMBOLOS!

Prezadíssimo Tredenski.

Aceito a sua sugestão e falo sobre Djalma Santos, o maior lateral direito brasileiro da história.

 Não farei uma postagem ampla, mas abordarei alguns aspectos interessantes da vida desse extraordinário atleta, um gentlemen, um homem com H maiúsculo que honrou e dignificou a profissão de jogador de futebol.


Diziam que Djalma era mineiro, mas o fato é que ele nasceu em São Paulo, capital, em 1929.

A falsa idéia de que ele teria nascido em Minas decorre, certamente, de seu jeito calmo e polido e de sua forma branda e conciliatória de viver sem jamais se envolver em polêmicas, fofocas ou confusões.

Focadíssimo em seu trabalho, disciplinado dentro e fora de campo, recebeu o Belfort Duarte, premio que a antiga CBD, depois CBF outorgava àqueles que conseguiam terminar a carreira sem a mácula de  uma expulsão.

Do ponto de vista técnico Djalma Santos é tido pela maioria da crônica como o melhor lateral direito da história do futebol brasileiro.

Entretanto, não alcançou a unanimidade das opiniões e preferências, certamente pelo fato de jogar pelo Palmeiras, clube historicamente perseguido e odiado pela maior parte da mídia. Naquele tempo já era assim!

Apesar de tudo, jamais se discutiu a sua condição de craque!

Os detratores palmeirenses da mídia fizeram de tudo para não admitir Djalma como o maior jogador brasileiro em sua posição, mas foram obrigados a recuar porque o mundo afirmava isto.

O máximo que conseguiram foi encontrar um único lateral brasileiro que poderia ser comparado ao já velho Djalma, superdimensionando-lhe as virtudes e, mentirosamente, atribuíndo-lhe capacidade superá-lo, Carlos Alberto Torres.

De fato, Torres foi um lateral espetacular, cujo estilo, em muitos aspectos, fora copiado do próprio Djalma, principalmente no que respeitava ao apoio ofensivo, raríssimo entre os laterais da época.

Mas, se ganhava de Djalma em arranque e força física, haja vista que surgiu no cenário esportivo a partir de quando Djalma já atingira quase que 3/4 da carreira, perdia, e muito, em posicionamento, em condição técnica e, principalmente, em virtuosismo.

Vi os dois em ação, muitas vezes, muitas vezes Djalma, muito mais vezes Torres.

Embora muito produtivo, Torres sempre foi um lateral que assinava um futebol de muita força física, que os cronistas da época - nem todos - chamavam de prático, sempre realçando-lhe a disposição, mas relevando ou ignorando, sempre, a sua condição de utilização da força acima da necessidade, o que, mais modernamente, chamam de força desproporcional.

Conquanto um lateral espetacular, Torres foi um dos grandes botineiros da história do futebol brasileiro, impondo-se, ao contrário de Djalma, muito mais pela força física, pela valentia e, até, muitas vezes, pela deslealdade.

Por essa razão e pelo excesso de virilidade em campo, o coloco longe da classe de um lateral singular, eminentemente clássico como Djalma, um virtuose, um artista da bola que, anos antes, atuando em apenas um jogo na Copa de 58 na Suécia, conseguiu ser eleito o melhor jogador da posição.

Assisti a inúmeros jogos de Djalma, o primeiro deles em 196o em Araraquara, quando o Palmeiras, com uma atuação extraordinária de Chinesinho - melhor que Ademir da Guia - encaçapou 3 x 0 na Ferroviária.

Lembro-me, perfeitamente, dos toques mágicos de Djalma no trabalho de aquecimento que era realizado com bola, dentro de campo pelas duas equipes.

Nessas ocasiões os atletas mostravam classe e exibiam as suas habilidades, quer brincando de "altinho", quer passando a bola com estilo, matando ou tocando de primeira para alguém mais longe, ou "tenteando" a bola para colocá-la sobre o pescoço.

O termo "tentear", definia, para os paulistas, a embaixadinha, vocábulo incorporado no futebolês pela crônica carioca no início dos anos 70, inicialmente como embaixada.

Até hoje procuro, etimologicamente, a raiz dessa palavra e de onde teria provindo. Quem souber, por favor, crave, que eu desejo aprender.

Tenho um pensamento a respeito da razão do surgimento dessa nomenclatura, que nada tem a ver com embaixadas ou embaixadores. Creio que a palavra deveria ser cravada com a separação dos termos em e baixada porque a bola, quando vem de cima para baixo é chutada novamente para cima.

Talvez esta gíria, cuja invenção tenha ocorrido em alguma comunidade carioca tenha entrado no futebolês pela porta dos fundos dos treinamentos das equipes de futebol profissional.

A propósito, tudo isso foi dito para evidenciar que Djalma era o rei das embaixadas naquela festa preambular que foi roubada do torcedor brasileiro quando da entrada das equipes em campo, que também servia como mostragem de quem iria começar o jogo, antes e depois da introdução da regra 3.

Num desses trabalhos de aquecimento em que abriu-se uma enorme roda de passes, lembro-me de um lance especial de Djalma:

 A bola foi chutada forte e rasteira em direção a Djalma que rebateu de uma forma tal em que a bola rolou em direção ao companheiro, mas acabou fazendo marcha a ré, retornando aos pés de Djalma, após ter seguido por dois ou três metros, fazendo o público ir ao delírio antes mesmo de começar o jogo.

Hoje sei que fazem isso até com facilidade, principalmente no futsal, mas o precursor da jogada foi Djalma e ninguém pode ignorar feito ou deixar de registrar, haja vista que todos aprenderam com ele.

O lance mais espetacular da história do Mineirão em todos os tempos, ocorreu quando o Palmeiras inaugurou o estádio vestindo a camisa da Seleção no longínquo ano de 1965.

Uma bola fortíssima foi cruzada em diagonal para o ponta esquerda uruguaio, aberto, pelo costado de  Djalma.

Djalma deu um passo atrás, escorou o chute fortíssimo com a cabeça a uns três metros da linha de fundo e saiu fazendo embaixadas com a cabeça até ultrapassar o meio de campo, ante o olhar estupefato dos uruguaios e a vibração extraordinária da torcida mineira que jamais vira lance semelhante em qualquer de seus estádios.

Por volta de 1966, já trabalhando como repórter esportivo, tive o imenso prazer de entrevistar Djalma que compreendo a minha condição de neófito, com pouquíssima rodagem na profissão, foi extremamente gentil comigo, concedendo-me uma sonora exclusiva.

O instante teria sido perpetuado com uma foto, não houvesse o fotógrafo me avisado que a a única foto que "queimara", isto é, que não saiu, foi aquela em que posei ao lado de Djalma. Lamentavelmente!

A passagem de Djalma da Portuguesa, onde era ídolo, para o Palmeiras foi um fato interessante. Alguém - parece-me que Julinho Botelho, o meu maior ídolo no futebol (jogou mais, muito mais do que Garrrincha que esquentou banco pra ele) - disse a Djalma que o Palmeiras queria contratá-lo.

Djalma disse que não acreditava porque sabia que o Palmeiras não aceitava negros no elenco e não sabia como seria recebido pela torcida.

Dizem que ele foi o primeiro negro retinto a vestir nossa camisa, mas isso é apenas uma lenda.

Antes de Djalma e de tantos mulatos como Valdemar de Brito, o descobridor de Pelé, ou do inesquecível Liminha, o Palmeiras teve Paulinho contratado junto ao Flamengo, atacante com raro faro de gol, da geração rubronegra que revelou Joel, Moacir, Henrique Frade, Duca, Babá e o extraordinário Edivaldo Alves Santa Rosa, o Dida, muito melhor que Zico, ao menos em meu entendimento.

Paulinho estreou ao lado de Enio Andrade e Chinesinho e marcou dois gols sobre o Cu-rintia na goleada de 4 x 0 que marcou o final da hegemonia curintiana de nove anos sem perder do Palmeiras, quando Paulinho assinalou dois gols e foi o melhor em campo.

Djalma Santos acabou indo para o Palmeiras através do saudoso Delphino Fachina (se não me falha a memória) tendo jogado no Verdão de  1959 a 1968, sendo o Palmeiras o clube pelo qual mais jogou, tendo vestido a nossa camisa quase 500 vezes.

No ano em que chegou já levou o Palmeiras ao título paulista, o supercampeonato de 1959, o mais importante e mais difícil campeonato da época, o Paulista, maior e mais importante para o público coestaduano do que o próprio Rio/São Paulo.

No Palmeiras reeditou uma ala direita com Júlio Botelho, que já houvera feito sucesso amplo com a camisa da Portuguesa de Desportos, em um time inesquecível do qual me lembro, de cor, do goleiro ao Ponta esquerda: Muca, Nena e Hermínio. Djalma Santos, Brandãozinho e Ceci. Julinho, Renato, Nininho, Pnga e Simão.

Esse time me fez chorar, quando garoto, no início dos anos 50s, (eu sempre chorava quando o Palmeiras perdia) ao golear o alviverde por 4 x 0 em uma partida do Rio São Paulo, a qual não me darei ao trabalho de pesquisar, mas, lembro-me, perfeitamente, que Djalma, Julinho, Renato e o artilheiro Pinga, arrebentaram o Verdão. Djalma jogou cerca 430 jogos com a camisa da lusa.

Sua saída do Palmeiras ocorreu em 1972, já no ocaso da carreira, e ele foi jogar no Atlético Pr.

Procurado pelo maior presidente do Furacão em todos os tempos, Jofre Cabral e Silva - o neto de Jofre trabalhou comigo como repórter de campo e contou-me a história - Djalma aceitou a proposta do time de Curitiba, muito maior do que o que ganhava no Palmeiras.

Extraordinário caráter, Djalma fez um pré contrato verbal em meados de 71, afirmando que estaria no Atlético, sim, em 1972, assim que terminasse o seu contrato com o Verdão.

Seis meses depois mudou-se para o Paraná onde fez outra dupla espetacular, desta feita com Hediraldo Luiz Beline, o capitão da Copa de 58, que também deixava os bambis para jogar no time paranaense.

Para encerrar esta singela homenagem ao grande "rato" - seu apelido no futebol, principalmente na seleção - que vestiu a camisa da Seleção Brasileira cerca de 100 vezes, algumas considerações finais.

Djalma disputou quatro copas e ele e o alemão Beckenbauer são os 2 únicos jogadores no mundo a terem sido escolhidos por 3 vezes consecutivas o melhor jogador em sua posição em Copas do Mundo, feito que nem Pelé, Maradona ou qualquer outro conseguiu.

Participou das copas de 54, 58, 62 e 66, tendo atuado em todas elas, ainda que em 58 tenha vestido apenas uma vez a camisa azul que nos levou ao primeiro título mundial.

A respeito das Copas afirmou que estava em dívida com a pátria e com o povo, porque das quartro disputadas havia vencido duas, mas que houvera perdido duas, em um tempo no qual, verdadeiramente, a Seleção era, de fato, como dizia Nelson Rodrigues, "a pátria de chuteiras".

Nossos jogadores viviam impregnados pelo patriotismo sincero e Djalma, seguramente, era um dos que mais se orgulhavam disso.

Vestiu, como convidado, a camisa bambi no jogo contra o Nacional do Uruguai em jogo festivo pela inauguração do Morumbi.

Um único cronista negou-lhe a condição de craque. Mário Moraes, o maior nome em comentários da época fosse no rádio na tv ou no jornal.

Cobrado por onde passava em razão de uma teimosia inexplicável e por não reconhecer o que o mundo reconhecia, - Djalma fora o único brasileiro convocado para jogar pela Seleção da Fifa contra a Inglaterra em Wembley em 1963 - Mário Moraes acabou, enfim, capitulando.

É bem verdade que se o amor-próprio e orgulho de Mário, imensos, maiores que o corpanzil que ostentava, não lhe permitissem uma retratação franca, aberta e objetiva, que ele, Mário, talvez visse como contradição, fez um comentário, quer me parecer que no saudoso Diário Popular, em que disse maravilhas acerca de Djalma, como homem e como atleta, em uma das páginas antológicas da imprensa esportiva brasileira que Djalma, orgulhosamente, exibia em seu currículo.

Alí Mário disse tudo que jamais dissera sobre Djalma, e acabou, simbolicamente, tacitamente, implicitamente, completando a unanimidade que Djalma sempre mereceu, como um dos mais técnicos, habilidosos, disciplinados e competentes jogadores da história do futebol brasileiro em todos os tempos. 

Que suba o seu espírito, cracasso Djalma Santos, aos mais felizese importantes páramos esportivos celestes e que você encontre por lá os seus maiores parceiros, principalmente Julinho o inesquecível "flecha ligeira".

Que aqui na terra, que a terra de Uberaba lhe seja leve, exemplar cidadão Dejalma dos Santos.

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Ribeirão Preto, 25/07/13